Restaurar a Amazônia pode impulsionar uma transformação ambiental e econômica

A restauração de terras representa uma grande oportunidade para impulsionar a economia local e apoiar o desenvolvimento das comunidades ao redor.
Estima-se que as atividades de restauração possam gerar, em média, 0,42 empregos por hectare, reforçando seu potencial como motor de desenvolvimento local.
Ao mesmo tempo, contribui para a preservação do capital natural e para mitigar os efeitos de secas, enchentes e outras condições climáticas.
A Amazônia Legal brasileira abrange 502 milhões de hectares. Desses, 27 milhões estão degradados—uma área 180 vezes maior que São Paulo, a maior cidade do país.
Esse processo não trata apenas de plantar árvores, mas de transformar os espaços recuperados em fontes de emprego e geração de renda por meio de atividades econômicas ambientalmente responsáveis.
Setor privado
Embora os benefícios da iniciativa sejam enormes, o volume de investimento necessário também é significativo.
Restaurar apenas 10% dessas terras (2,7 milhões de hectares) exigiria um investimento de cerca de US$12,9 bilhões—aproximadamente US$4.800 por hectare— ressaltando a importância de desenvolver mecanismos que viabilizem a restauração em larga escala.
Somente essa porção restaurada poderia remover cerca de 27 milhões de toneladas de carbono da atmosfera por ano, contribuindo significativamente para a preservação do meio ambiente.
Para isso, é essencial a participação do setor privado para promover soluções, compartilhar conhecimento e mobilizar capital.
O documento do BID Invest e da TNC argumenta que o potencial de investimento, o sequestro de carbono e a comparação com outros usos da terra posicionam a restauração como uma estratégia viável e lucrativa para o desenvolvimento sustentável.
Capital natural
O BID Invest pode escalar práticas para a viabilidade de longo prazo no agronegócio, como a pecuária sustentável com desmatamento zero praticada, por exemplo, no estado do Pará, no Brasil.
Isso inclui capacitar os clientes em rastreabilidade de suas cadeias de valor e atuar em setores e soluções não tradicionais que contribuam para proteger o capital natural da região.
Baixe a publicação (em espanhol e inglês)
Promover as melhores práticas na agricultura, especialmente no setor pecuário, é essencial para reduzir ou evitar o desmatamento.
Atividades como a silvicultura sustentável e a agrofloresta oferecem oportunidades para combater a degradação dos ecossistemas.
Trabalho conjunto
Parcerias público-privadas para a gestão de parques naturais, conservação e restauração florestal no Brasil—com o apoio atual do BID—também são caminhos possíveis para investimentos de longo prazo.
Soluções baseadas na natureza podem ser usadas para restaurar ecossistemas dentro da área de influência de um projeto ou como soluções para suas operações, principalmente no agronegócio.
Projetos de restauração podem ser atraentes para o crescente mercado de créditos de carbono—mecanismos financeiros inovadores que canalizam recursos novos para atividades que valorizam a natureza.
Estruturados adequadamente, esses créditos podem ser eficazes para monetizar benefícios ambientais, empoderar comunidades, apoiar esforços de reflorestamento e ajudar empresas a cumprir metas ambientais.
Economia sustentável
Restaurar mais de 10.000 hectares de floresta protegerá habitats da vida selvagem e contribuirá para os esforços de mitigação das consequências de secas, enchentes e outros fenômenos.
Os impactos socioeconômicos também são significativos, graças à participação do setor privado, à criação de empregos e à promoção de atividades econômicas sustentáveis na região.
A colaboração entre governo, organizações internacionais e setor privado pode desencadear novas e lucrativas formas de cuidar do meio ambiente e garantir atividades econômicas de longo prazo.
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